TRADUZA ESSA PÁGINA

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O dissabor da agonia e do desespero: A vida em um hospital psiquiátrico. (by Nádia Gouveia)

Certa vez ouvi uma frase um tanto quanto intrigante “A arte de ser louco é a loucura de ser normal”, não me recordo de sua autoria no momento, mesmo assim me pergunto: O que é ser louco? E até onde cabe a “normalidade” nesse mundo insano em que vivemos? Tais questões são abordadas por filósofos, médicos, músicos, juristas e poetas a anos, e a cada nova descoberta sobre o assunto, outras dúvidas afloram e possibilitam a exploração desse “universo paralelo” que norteia a vida de muitas pessoas, as quais vivem presas em uma realidade diferente, e não só os que são considerados “loucos” se enquadram nessa estatística assustadora, há em nossa sociedade diversas “doenças” e “anomalias psíquicas” que viabilizam a entrada dessas pessoas “perturbadas” por algum motivo em hospitais e clinicas psiquiátricas.

Devido a minha pouca experiência de vida não ousarei em dissertar a respeito da evolução da medicina psiquiátrica e psicologia, nem tão pouco sobre as mudanças no tratamento dos pacientes relacionados, vou me limitar a descrever a realidade que pude presenciar com muito pesar a alguns dias. Uma pessoa muito importante pra mim que sofre de depressão bipolar há alguns anos teve um surto e depois de passar por uma avaliação médica foi internada no hospital psiquiátrico da UFU (Universidade Federal de Uberlândia), e quando fui acompanhá-la até o hospital presenciei uma das cenas mais tristes da minha vida, talvez porque naquele momento estava associada ao sofrimento daquela pessoa, ou daquelas pessoas.

A primeira coisa que eu vi foram as grades da entrada do hospital, tudo em volta era cercado por grades, parecia um presídio de segurança máxima, um vento frio e arrepiante me acompanhava pelos corredores e quando o enfermeiro plantonista veio abrir o portão um misto de sensações me dominou, senti medo, angústia, tristeza, comecei a tremer, tive a impressão de estar entrando em um freezer, meus ossos congelaram, então uma lágrima solitária rolou pelo meu rosto a agonia era tanta que quase pude ouvir seu estalo ao bater naquele chão frio e coberto de tristeza e solidão. Quando eu olhei para aquelas pessoas, pude ver em seus olhos a amargura de se sentir preso, e não eram as grades que as incomodavam eram suas próprias mentes o que me entristeceu ainda mais.

Era hora do lanche da noite e havia algumas pessoas sentadas nas mesas, eram quatro no total feitas de cimento com bancos parecidos com aqueles encontrados em praças, eles logo notaram a minha presença, eu era como um alienígena, eles me olhavam com o olhar espantado, alguns curiosos, outros com medo, como se eu pudesse fazer algum mal a eles, a pessoa que eu acompanhava recebeu seu lanche e se sentou junto aos seus “novos amigos”, eu estava aparentemente calma, porém não consegui dizer nem mesmo uma palavra, eu os olhava também com certo espanto, afinal eu nunca havia presenciado algo parecido em minha vida, foi um choque e eu tinha de ser forte e manter meu equilíbrio emocional, pois teria que conversar com os enfermeiros e com o médico a respeito da pessoa que eu estava acompanhando.

Não demorou muito e um dos pacientes veio conversar comigo, era um senhor moreno, magro com um semblante sofrido, estava com os pés no chão e com um crucifixo de madeira em sua mão direita, ele se ajoelhou em minha frente, pegou a minha mão, olhou profundamente em meus olhos e se apresentou: “Oi minha jovem, boa noite, eu sou JESUS CRISTO”, não pude me conter esbocei um leve sorriso e respondi “Boa noite”, ele logo se levantou e saiu cambaleando, ele repetia em voz alta “o meu Deus é bom, o meu Deus é bom”, pude ouvir essa frase até a hora que saí de lá, depois dessa cena inesperada pude relaxar um pouco, e comecei a reparar nos outros pacientes, eles falavam sozinhos, andavam em círculos, gritavam, choravam, caiam, se jogavam, esperei aproximadamente uma hora a chegada do médico e da assistente social e nesse meio tempo fiz uma análise minuciosa daquele lugar e daquela situação, depois da burocracia me despedi da pessoa que eu acompanhava, e parti, quando ouvi as grades do portão se fechando em minhas costas, senti um arrepio profundo, eram quase onze horas da noite, não havia mais ninguém ali, atravessei o hospital sozinha, fiz o trajeto a largos passos, e aqueles corredores pareciam não ter fim, quando finalmente cheguei ao lado de fora, comecei a chorar, chorei em silêncio sem fazer alarde, só queria sair dali e esquecer o que havia visto.

Quando cheguei em casa entrei em desespero, em pensar que uma pessoa tão querida estava “presa” naquele lugar e que eu não podia fazer nada por ela a não ser apoiá-la e ter muita paciência, foi quando me dei conta de alguns detalhes: eles a receberam com muito carinho, as dependências eram extremamente limpas e arrumadas, os quartos, os banheiros, o salão estava tudo em perfeita ordem, os enfermeiros eram muito gentis e educados, o médico me pareceu confiável e assistente social também, ela estava em boas mãos, portanto a única coisa com a qual eu deveria me preocupar realmente era com sua recuperação, tive de me acalmar porque no dia seguinte teria de voltar ao hospital, e assim foi por alguns dias.

As demais visitas que fiz ao hospital foram bem diferentes, eu já estava mais calma e despreocupada, então pude avaliar mais tranquilamente aquele lugar, a situação e as pessoas, dei muitas risadas, alguns eram muito engraçados, conversei bastante com alguns aparentemente lúcidos, distribui muitos sorrisos e apertos de mão, o que de certa forma me reconfortava. No último dia que a acompanhei no hospital antes dela receber alta, presenciei algumas cenas que me doeram profundamente, um rapaz de apenas 19 anos havia fugido no dia anterior, quando o encontraram ele estava extremamente arredio e agressivo, pois ele havia se drogado na rua, ele era alto e forte, e naquele momento representava perigo para ele e para os demais, então tiveram de amarrá-lo e sedá-lo, aquilo partiu meu coração, mas eu compreendi que era necessário.

Fui embora pensando naquele rapaz, seu olhar furioso estava fixado em minha mente como uma fotografia, no dia seguinte fui buscá-la, ela finalmente havia recebido alta, chovia muito e o médico com quem eu deveria conversar estava demorando a chegar ao hospital, fiquei esperando por quase duas horas, e mais uma vez presenciei coisas horríveis, eles estava muito agitados naquela manhã, o “Jesus” estava muito agressivo, estava derrubando uma moça, os enfermeiros não podiam descuidar que ele a derrubava, ela começou a ficar agressiva com ele, outros pacientes começaram a se envolver, foi quando os dois surtaram de vez, começaram a brigar e gritar um com o outro, a situação começou a fugir do controle dos enfermeiros, então só lhes restou uma saída, amarrar os dois, para que não se machucassem, nem ferissem os outros pacientes, como me doeu aquela cena, ela chorava e pedia para que não a amarrassem, ele também, mas já era tarde, os dois foram presos por cordas a uma maca, e logo em seguida foram sedados, não demorou muito e já não os ouvia mais. O médico chegou em seguida, terminei de acertar a parte burocrática e pude ir embora levando-a, para casa finalmente.

Caros leitores esse foi um breve resumo do que presenciei naquele hospital psiquiátrico, foram dias difíceis, porém pude perceber a importância de se tratar essas pessoas tão frágeis com amor e atenção, elas sofrem muito, muitas não conseguem se libertar da prisão invisível em que se encontram, os médicos e os enfermeiros fazem o possível para manter a ordem e a segurança, e mesmo assim algumas situações lhes fogem ao controle. O que mais me impressionou foi o olhar daquelas pessoas, muitos eram sem brilho, sem vida, sem esperança, alguns pediam socorro, outros pediam carinho, alguns não diziam nada estavam completamente vazios. Depois de passar por essa situação delicada pude perceber a grandeza de ser “livre”, tenho agora um respeito ainda maior por essas pessoas, e também pelos profissionais que os acompanham, pois é uma profissão bela e que exige muito “senso de humanidade”, agora o que é ser louco e o que é ser normal ainda não descobri, talvez jamais descubra, o que posso afirmar é que há sim “uma realidade paralela”, eu vi, ouvi e senti a angústia e o desespero daquelas pessoas, e quanto mais eu vivo, mais agradeço a Deus por me dar a oportunidade de crescer e aprender com minhas dificuldades, o que eu vi lá é só um pedaço de um “bolo” muito maior.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

AMIZADE: UM AMOR QUE NUNCA MORRE!!! (by: Nádia Gouveia)

AMIZADE: UM AMOR QUE NUNCA MORRE!!!

Hoje eu acordei com uma alegria indescritível no coração, após um fim de semana incrível, me levantei ao som de uma chuva gostosa e refrescante, e por algum motivo comecei a me lembrar dos meus amigos, algumas lembranças me fizeram chorar, ao me dar conta de quantas pessoas importantes para mim perdi no decorrer da minha existência, algumas para sempre, outras temporariamente, algumas já se foram desse plano terreno, outras apenas estão distantes, com algumas me desentendi por algum motivo, com outras perdi o contato por mero acaso, ou por outro motivo que não me vem à memória no momento. Quero deixar registrado aqui o meu carinho a todos esses amigos:

Lembro-me dos meus amigos de infância das peripécias e brincadeiras, dos tombos, das brigas, das histórias, dos sonhos e claro do sorriso maroto de cada um. Esses amigos que fazem parte da minha história de vida, que acompanharam meu crescimento, e que cresceram junto comigo, quero dizer-lhes que mesmo distantes sinto-os perto de mim, pode ser que não vemos há muito tempo, pode ser que jamais nos reencontremos, o que importa é que guardo um pedacinho de cada um em meu coração, em minha alma, se o destino os colocou em minha vida foi por um motivo muito importante, e digo de forma sincera que os amei e amo profundamente.

Meus amigos da adolescência, os quais acompanharam uma fase transitória e muito conturbada da minha vida, quero dizer-lhes o quanto é grande a dor de não tê-los ao meu lado como eu gostaria, sei que alguns de vocês jamais poderão estar ao meu lado novamente, sei que magoei alguns, de outros me distanciei sem nenhum motivo aparente, e hoje eu choro de saudade de muitos, quero portanto esclarecer alguns pontos, sei que pode parecer estranho o que vou dizer, mas eu me distanciei de alguns de vocês por força maior, pois passei por algumas atribulações e não tive discernimento suficiente para saber separar os sentimentos ruins que me cercavam de dor e desespero, peço perdão a vocês, e espero sinceramente poder reencontrá-los um dia e pedir perdão olho a olho, eu amo muito vocês, e guardo em meu coração e em minha alma o melhor que passamos juntos.

A três anos atrás ingressei na universidade e conheci algumas pessoas maravilhosas, pessoas que como eu estavam em busca de uma carreira, de uma vida de realizações e crescimento, com o passar do tempo, o curso foi apertando, alguns desistiram, outros se desmotivaram, alguns mudaram de universidade, outros de curso, fiz algumas amizades verdadeiras e sólidas, outras nem tanto, talvez por falta de abertura, ou quem sabe por falta de um simples diálogo, o que não vem ao caso, quero esclarecer a vocês meus companheiros de curso e de classe, que cada um de vocês tem um lugarzinho garantido em meu coração, desentendimentos nessa fase de nossas vidas é normal, e graças a Deus pude superar a maioria deles, quero pedir desculpas se por acaso não lhes agradei de alguma forma, ou se estive ausente quando precisaram de mim, eu amo muito vocês.

Em menos de um ano minha vida deu uma volta de 180° graus, conheci o instituto VOCÊ, pude participar de 3 treinamentos de 2 cursos, e fiz muitossssssssss amigos, e agradeço a Deus todos os dias por ter colocado pessoas tão maravilhosas em minha vida, o amor que sinto por cada um de vocês é indescritível, é um amor incondicional, pois vocês não são somente amigos, vocês são uma família para mim, a cada abraço, cada sorriso eu me sinto renovada, quero agradecer pelo carinho e paciência de cada um de vocês, espero tê-los em minha vida por muitoooooo tempo.

Cada dia que se passa procuro melhorar como pessoa, e hoje senti a necessidade de escrever a vocês, MEUS AMIGOS, quero dizer-lhes mais uma vez que os amo profunda e verdadeiramente, aos meus velhos amigos: muito obrigada por terem feito parte da minha história; Aos amigos que não vejo a muito tempo: “estou com muitas saudades”; Aos meus novos amigos: obrigada por estarem em minha vida, acompanhando essa nova fase tão importante para mim; Desejo que Deus esteja na vida de cada um e que o destino lhes reserve muita paz, amor, realizações e esperança.

Um abraço carinhoso a todos, eu amo muitoooooooooooooo vocês!!!!!

Nádia Mendonça Gouveia

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Por um mundo de FELICIDADE plena! (by Nádia Gouveia)


MINHA CARTA AO PAPAI NOEL (2010)

Por um mundo de FELICIDADE plena!

Querido papai Noel, primeiramente quero deixar bem claro que nunca acreditei em você, nem quando era criança, visto que passei por diversas situações que me fizeram uma criança fria e incrédula, o que não vem ao caso, o que realmente quero lhe dizer é que com o passar dos anos pude acompanhar muitas transformações, no mundo, nas pessoas, em mim, e sinceramente guardo grandes cicatrizes como lembranças das tolices em que acreditei e investi e hoje após me reerguer de diversas maneiras posso afirmar categoricamente que todos os meus sofrimentos e angústias me serviram de lição, para que eu pudesse crescer me desenvolver e acreditar novamente, quem sabe até pela primeira vez, por esse motivo resolvi lhe escrever esta carta.

Acreditar pode ser em minha opinião o começo de tudo, e hoje eu creio em coisas diferentes talvez ainda mais utópicas que quando era criança, pois acreditar em coelhinho da páscoa e descobrir que ele não existe pode ser mais fácil que acreditar em promessas não cumpridas e oportunidades frustradas. Quem sabe um dia eu consiga ser extremamente segura e possa dizer de uma forma clara e sincera “eu acredito”, porque acreditar vai além do que se espera realmente, é preciso ter muita coragem para se acreditar em qualquer coisa, ou em qualquer um e é claro que a maioria das pessoas que me cercam não merece minha confiança, e depois de muito “apanhar” me dei conta que ninguém é capaz de me fazer acreditar ou não, somente eu tenho esse “poder”, eu piloto o aviãozinho da minha vida e com esse pensamento quero lhe pedir algumas coisas, e claro, sei que só algumas serão atendidas, seja por conta do meu merecimento, seja por possibilidades reais de satisfação.

Quero lhe pedir primeiramente força e sabedoria para que eu possa compreender e aceitar que nem todos os meus desejos podem ser atendidos e nem todas minhas dores sanadas. Espero que possa avaliar minha carta com carinho e se dispor em fazer o melhor que puder. Aqui vai:

Quero pedir saúde, sim saúde para as crianças que passam fome, que vivem na miséria, que rezam por um prato de comida para alimentar o corpo e a mente, essas crianças que vivem em condições sobre-humanas, que foram abandonadas pela sorte e por grande parcela da sociedade que se recusa em fazer uma doação, ou simplesmente a enxergar o que acontece em lugares onde a realidade é bem diferente e assustadora, que essas crianças sejam recompensadas por seu sofrimento e aflição, e aproveitando quero lhe pedir paz de espírito para essas crianças e suas famílias, e claro paz de espírito para aqueles que insistem em ser indiferentes com essa situação, que eu possa fazer tudo o que estiver ao meu alcance e lutar para alcançar o que não está, nem que seja ter consciência que essa vida mundana exige a minha paciência e senso de caridade, que eu possa pelo menos sonhar em ver todas essas crianças em uma condição humana correspondente ao amor que sinto por elas.

Quero lhe pedir esperança e força, para aqueles se encontram perdidos no mundo do vicio, seja ele por entorpecentes, jogatinas, álcool, cigarro, remédios ou qualquer outro que seja da mesma forma destrutivo, que essas pessoas percebam a grandiosidade do mundo em que vivem que elas possam encontrar prazer e satisfação em atitudes saudáveis, como abraçar de forma sincera aquele (a) que caminha a seu lado, que apóia e torce por sua recuperação, que essas pessoas possam “sorrir”, para a vida, para as outras pessoas, para o espelho e enxergar nesse sorriso a luz que pode iluminar seu caminho, quero pedir também que essas pessoas consigam enxergar caminhos alternativos, e que esses caminhos sejam de harmonia e crescimento, e não mais de dor e desespero, que as famílias e amigos dessas pessoas tenham paciência e compreendam que na maioria das vezes elas necessitam de uma mão amiga, quem sabe até duas para sair da escuridão em que se encontram, e por fim eu peço que uma vez desvencilhados desse vicio que eles jamais retornem pelo mesmo caminho, que eles construam uma ponte sólida em direção a um futuro de carinho, amor e sabedoria.

Quero lhe pedir também PAZ, compreensão, união e paciência entre os homens, para que eles compreendam que a violência, o preconceito e discriminação só os levam ao retrocesso iminente, que os “poderosos” enxerguem o mundo em sua volta não somente sua sombra e seu próprio ego, que os mais humildes compreendam sua importância diante do mundo, que um possa aprender com o outro, e que possam ensinar seus filhos e netos o significado da harmonia, que busquem ressignificar o contexto da guerra, e que lutem por causas realmente grandiosas como a erradicação da pobreza e cura de “doenças” como a amargura, inveja, mágoa, rancor, ódio, desunião, soberba e preconceitos, que todos possam ser um e que cada um possa ter um pedacinho do todo, que DEUS esteja presente na vida daqueles que por algum motivo se esqueceram de amar ao próximo como a si mesmo.

Quero lhe pedir muito carinho e respeito com nossas crianças e idosos, que os pais possam abdicar o tempo necessário a seus filhos de forma verdadeira e saudável, que o trabalho e a ganância não os afastem permanentemente que isso só se dê de forma temporária, para que se possa prover o sustento necessário à família, e que se lembrem que o sustento mais importante não é o que se pode auferir em dígitos e sim aquele que alimenta a alma e do coração, que essas famílias sejam cada dia mais unidas, que haja amor e compreensão entre todos, que as crianças cresçam de maneira saudável e digna. Que nossos idosos sejam tratados com a deferência que merecem por sua sabedoria e vivência, que tenham um espaço reservado na família que constituíram com dedicação e cuidado, que os jovens compreendam a grandiosidade em ouvir as histórias que eles contam, as quais carregam grandes aprendizados e experiências incríveis, de uma evolução acompanhada de perto por esses seres humanos esplêndidos, batalhadores e dignos.

Que os “homens” respeitem a “mãe natureza” que provê nosso sustento e sobrevivência, que busquem e valorizem a sustentabilidade, que invistam em fontes de energias renováveis e não tão poluentes, que evitem as queimadas, que mantenham nossos rios e mares limpos e despoluídos, que se preocupem verdadeiramente com nossa querida camada de ozônio e com o aquecimento global, que a ignorância de uns e a ganância de outros possa diminuir, e surgir daí mais consciência e responsabilidade, que o homem possa “evoluir” permitindo que nosso planeta “sobreviva”, que os cidadãos utilizem as latas de lixo não só como enfeites, e que evitem jogar lixo na rua, nos rios e mares, que esse lixo seja devidamente recolhido, transportado, armazenado e por que não reutilizado, sim, que a reciclagem seja uma ação efetiva da maioria, e por fim que a “mãe natureza” possa nos perdoar pelo descuido e descaso de uns, que ela mantenha a chama da vida acesa e confie que o homem pode ser diferente, mais consciente e responsável, que as pessoas percebam a grandiosidade de nosso planeta e se lembrem de economizar água e energia elétrica, pois todo desperdício é ruim e alguns não podem ser sanados.

Quero lhe pedir também que o “homem” trate os animais com carinho e respeito, que tenham piedade desses pobres e indefesos seres que sofrem nas mãos de pessoas inescrupulosas e insensíveis, que as pessoas percebam o carinho que esses animais transmitem e que se dêem conta que retribuí-lo pode ser uma forma de estar mais próximo do criador, que as crianças aprendam a agir de uma forma solidária com seus animais, que compreendam que é melhor tratá-los com carinho que com violência, que o ser humano aprenda a conviver harmoniosamente com esses seres, sejam eles domesticados ou selvagens, que compreendam que há vida neles, sim vida como a nossa, que eles sentem dor e sofrem como quaisquer uns de nós, sentem fome e frio e que merecem abrigo, carinho e nutrição.

Querido papai Noel sei que já lhe pedi muita coisa e confesso ter uma lista ainda maior, porém não quero ser intransigente e estender demais, me preocupo sincera e profundamente com o ser humano, e com as demais formas de vida que habitam esse planeta tão maravilhoso e cheio de vida chamado TERRA, e acredito que a vida é uma dádiva de Deus e que temos de aproveitá-la da melhor maneira possível, sempre com muito amor, respeito, solidariedade e carinho. Quero pedir então que nesse natal que se aproxima possa se estender sobre a Terra muita paz e esperança. E por fim:

Peço-te um MUNDO DE FELICIDADE PLENA, para que aquelas pessoas que acreditam no ser humano e na vida, possam chorar de alegria como crianças, e que não se importem se esse choro durar horas, dias, semanas, que eu possa ver um sorriso luminoso no rosto dos meus “irmãos”, que possa testemunhar mãos sendo estendidas aos necessitados, crianças felizes e alimentadas, adultos satisfeitos e repletos de alegria, casais em harmonia, que eu possa ver ouvir e sentir o mundo dentro de mim, como uma luz a me consumir, e que esse seja o momento mais lindo da minha vida, pois se pelo menos parte do que estou lhe pedindo se tornar real poderei “acreditar” verdadeiramente na vida, e ficarei contente também, confesso querido papai Noel que tenho o coração cheio de esperança, pois o bem e o amor que eu enxergo no mundo são o combustível que alimentam o meu coração e me dá força para que eu lute pelos meus sonhos.

UM FELIZ NATAL!!

Nádia Mendonça Gouveia

domingo, 14 de novembro de 2010

DO QUE AS MULHERES GOSTAM? (by Nádia Gouveia)

Certamente para responder a essa pergunta terei de levar em consideração alguns fatores que deveras mediam as diversas opiniões a respeito, visto que homens e mulheres são no meu ponto de vista seres demasiadamente envoltos de mistérios, contradições, desejos e discrepâncias. Em razão de suas diferenças travam lutas incansáveis, e discutir o que as mulheres gostam pode ser um assunto extremamente cauteloso, uma vez que a mulher “moderna” vem se aperfeiçoando de uma forma espontânea e rápida, mudando seu ponto de vista e claro buscando formas cada vez mais inusitadas de satisfação, seja ela pessoal profissional ou quem sabe ligada às suas emoções, sim aquelas que as fazem perder a cabeça de vez em sempre. Nesse sentido buscarei narrar com parcialidade minha opinião a respeito.

Desde crianças a maioria das mulheres adquire gostos e curiosidades parecidas, como a admiração por bonecas e comidas imaginárias, gostam em geral de cor-de-rosa e preferem roupas e sapatos enfeitados, adoram ajudar a mãe com as tarefas de casa e colecionam ursos de pelúcia, e claro como toda regra tais aspirações femininas também têm exceções, que com o passar dos anos se tornaram cada vez mais acentuadas. Se formos observar a infância de nossas avós e mães, perceberemos a perda acentuada da essência feminina e frágil da mulher, naquela época as crianças viviam verdadeiramente sua infância, havia um contato muito maior com a natureza, apesar da rigidez com que eram criadas, obtinham de uma forma mais pura seu desenvolvimento enquanto mulheres e pessoas.

Com a ascensão da tecnologia e da industrialização e com o crescimento da violência, a maioria das crianças passaram a viver em uma era de “futilidades”, “modinhas” e “confinamentos”, quando eu era criança adorava brincar na rua, de pega-pega e pique - esconde, tinha verdadeira adoração por minhas bonecas, tratava-as como verdadeiras filhas, tinha uma convivência real e pacifica com as garotas da minha idade, gostos e opiniões parecidas, e observei de perto as mudanças trazidas pela tão aclamada evolução, enfim abordei tais elucidações a fim de chegar a uma conclusão simples, as “mulheres” de hoje adquiriram características que as diferenciam das “mulheres” de antigamente, seus gostos e habilidades mudaram drasticamente, tanto pra melhor quanto para pior.

Para conseguir seu “lugar ao sol” a mulher passou por algumas revoluções e tomo como exemplo o feminismo que nada mais é que um discurso intelectual, filosófico e político que tem como meta direitos equânimes e uma convivência humana liberta de padrões opressores baseados em normas de gênero e que advoga pela igualdade entre homens e mulheres, com foco nos direitos das mulheres e também seus interesses. De acordo com Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três "ondas". A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido da década de 1990 até a atualidade. Orgulho-me profundamente dessas mulheres de fibra que tiveram coragem e ousadia suficientes para exigir espaço num mundo extremamente machista e preconceituoso, essas mulheres gostavam de estar a frente de seu tempo, e lutavam com unhas e dentes para conquistar a tão sonhada independência e liberdade.

Em minha opinião o que torna a convivência humana bela e demasiadamente interessante são as diferenças sejam elas de opinião, de gosto ou de crença. Algumas mulheres gostam de “estar” na moda, outras preferem um estilo casual e simples, algumas gostam de rock, blues, jazz e música clássica, outras preferem funk, axé, MPB ou sertanejo, algumas mulheres gostam de homens mais jovens, outras preferem homens mais experientes, algumas mulheres são verdadeiras caçadoras outras permanecem casadas e felizes por anos a fio. Vez ou outra encontramos mulheres com grandes similaridades, compartilham sapatos, momentos e livros, e em tantas outras ocasiões encontramos mulheres com diferenças catastróficas, essas compartilham, antipatias, “barracos” e olhares fulminantes.

Já ouvi diversos comentários masculinos a respeito do que as mulheres gostam, e confesso não ter me surpreendido com a maioria deles, vez ou outra ouço coisas coerentes a respeito das aspirações femininas, porém na maioria das vezes são machistas e ausentes de bom senso, explanações do tipo “mulher gosta de sofrer” ou “mulher é tudo igual” tiram-me do sério, prefiro “aceitar” que “mulher gosta de carinho, atenção e respeito”, e claro há exceções, realmente algumas mulheres não se dão ao respeito, nem tão pouco se preocupam sua “imagem” ou “reputação”, essas gostam de “apanhar da vida”, outras têm poucas escolhas acabam se perdendo de seus valores, e dos valores sociais, algumas mulheres gostam de viver “perigosamente” outras são mais centradas, algumas são mais recatadas, outras mais ousadas, dentro da individualidade de cada uma, encontramos sonhos e desejos comuns e por que não incomuns? Evidenciamos o intelecto apurado de muitas e o uso retrógado da mente de outras.

E em relação aos homens, o que pensam as mulheres? Eis uma aspiração extremamente controversa, algumas mulheres gostam de homens românticos e melosos, outras preferem homens mais frios e objetivos, algumas gostam de homens sérios, outras de homens bem humorados, umas gostam de homens de terno e gravata, outros preferem os só com a gravata sem o terno, há mulheres que gostam de homens morenos, altos e sensuais, e há quem prefira os baixinhos, gordinhos e simpáticos, algumas mulheres apreciam um belo cavanhaque, outras se entusiasmam com um rosto liso e macio, umas gostam de homens misteriosos e bem sucedidos, outras preferem homens dependentes e que concordem com tudo o que elas dizem, pensam e fazem, algumas são extremamente devotas e apaixonadas por um único homem, outras trocam de parceiros como quem troca de sapatos, há quem seja extremamente fiel e há quem goste de dar uma “puladinha de cerca” e claro há mulheres com opções sexuais diferentes, ideologias e crenças, as quais excluem seu apreço pelo sexo masculino, e quero registrar aqui meu respeito pelos diversos gostos e escolhas.

E por falar em homens e sua provável inquietação, as mulheres têm adquirido um gosto cada vez mais apurado por assuntos como política, religião, economia e desenvolvimento. Encontramos em nossa atualidade um mercado de trabalho cada dia mais dividido, homens que são excelentes “empregados domésticos” e mulheres que são engenheiras, eletricistas, caminhoneiras, policiais, bombeiras, administradoras e realizam magistralmente suas funções, e claro, além de serem profissionais de sucesso, são mães, esposas, filhas e amigas. Umas gostam de futebol, outras preferem uma boa seção de massoterapia, umas gostam de artes marciais, outras dançam balé, algumas mulheres gostam de falar, outras têm o dom de ouvir, algumas gostam de café com leite, outras preferem um whisky com gelo.

Certamente a essência feminina é comum entre a maioria das mulheres, sejam elas, brasileiras, americanas, indígenas ou muçulmanas, os gostos podem e devem se diferenciar, algumas mulheres querem se casar e ser mãe, outras preferem viajar e conhecer o mundo, algumas mulheres gostam de cozinhar, outras de ler e escrever, umas gostam de fórmula 1, outras nem sequer aprendem a dirigir, umas gostam de discutir a relação, outras preferem ver a fila andar, algumas têm um senso critico apurado, outras morrem de medo de engordar, mulheres, mulheres, serão mesmo um sexo frágil? Há quem admire e acate seu crescimento, há quem duvide de sua sustentação, mulheres em geral gostam de se sentirem bem, porém quase nunca estão satisfeitas com o que são ou têm, por isso gostam de mudar, nem que seja o corte de cabelo, algumas mudam radicalmente, outras preferem não arriscar, algumas gostam de shopping, outras preferem o mar, umas gostam de “carros”, outras preferem andar, algumas escolhem a solidão, outras preferem ter alguém para amar. Encerro por aqui minha elucidação sobre o gosto feminino, afinal gosto não se discute. Ah! mas o mal gosto esse não pode passar em branco, afinal mulheres gostam de reparar, e criar teorias a respeito das outras mulheres, e isso é fato, não há como negar... Sou mulher e sei que você leitora sente um friozinho na barriga quando chega em uma festa e se depara com “aquela” sua amiga vestida com uma roupa semelhante à sua, e que é quase impossível olhar para uma meia calça desfiada, afinal mulheres gostam de estar impecáveis, mesmo que isso signifique ser apenas um ser humano inteligente e sensível.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Entre o Céu e o Inferno (by Nádia Mendonça Gouveia)


Entre tantas canções e poemas, fórmulas e teoremas, o amor e a felicidade ainda não foram totalmente desvendados, nem mesmo esquematizados ou colocados em uma fôrma. Ainda desconheço seus reais significados, seguramente já vivi diversos momentos felizes, outros nem tanto, antes de me casar titubeei entre amor e paixão, entre momentos intensos e insanos, tranqüilos e verdadeiros, mas a fórmula mágica ou a poção perfeita ainda não encontrei, e talvez jamais encontre, eis a beleza e grandiosidade de tal discussão. E como sou uma pessoa persistente e curiosa, insisto em buscar pelo menos uma definição plausível, para minhas elucidações sobre o amor, paixão e felicidade, por saber que é uma dúvida comum entre muitos.

Ah o Amor! Se não bastasse sentir, ainda me preocupo em defini-lo. Este sentimento fundamental e inerente ao ser humano tão complexo e ao mesmo tempo tão simples, hora tempestade, hora calmaria, para alguns e em algumas ocasiões um porto seguro, para outros um vale assombrado, que de fato sendo bom ou ruim, é impossível não sentir, e não me refiro ao amor incondicional entre pais e filhos, irmãos e amigos, me refiro àquele sentimento que induz a necessidade de alguém, alguém que não podemos ou não queremos viver sem.

Por mais que pareça simples, a teoria sobre o amor é densa e caótica, e por esse motivo a maioria das pessoas formula sua percepção através de opiniões alheias, poucos se preocupam em desenvolver um senso crítico a respeito, até porque há uma confusão catastrófica principalmente entre os jovens, entre amor e paixão. O primeiro é algo acolhedor, puro e verdadeiro, a paixão por vezes é passageira, insana e superficial, acontece com tamanha intensidade e traz consigo um tsunami de sentimentos, sensações, desejos e frustrações é algo avassalador, o amor deve ser como um lago, cristalino e calmo, onde nossas emoções e sentimentos estão seguros e deslizam de uma forma incrivelmente calma, acalentando nosso coração.

Tenho ouvido e testemunhado no decorrer de minha existência muitos comentários e histórias sobre o amor, e vez ou outra o vejo associado por algumas pessoas à felicidade, ouvi esses dias a explanação de uma amiga: “Não consigo viver sem o fulano, só ele consegue me fazer feliz”, considerei seu desabafo um tanto quanto dramático e fui tentada a perguntar: “Como exatamente ele lhe faz feliz? Você jamais foi, ou melhor, esteve feliz sem estar ao lado dele?” Ela me olhou com os olhos arregalados, e pude perceber que seu olhar mudou com a minha pergunta, antes era um olhar triste e cheio de lágrimas e após levá-la a tal reflexão surgiu em seu olhar um brilho que apesar de estar ofuscado por suas lágrimas, transmitia um mínimo de esperança, a partir desse momento quem passou a refletir a respeito fui eu.

Sua resposta não me surpreendeu sua reação sim, depois de conversarmos um pouco a respeito ela levantou a cabeça respirou fundo e olhando em meus olhos disse: “eu nunca havia me questionado dessa maneira, eu apenas repetia a mim mesma que ele era minha felicidade, e passei a acreditar nisso, e vejo que agindo assim estou sendo infeliz, me enganando e lhe atribuindo uma responsabilidade que ele não tem conhecimento”. Eis o motivo de minha indagação a respeito desse nobre sentimento, defini-lo seja pra mim talvez uma forma de conscientização própria a despeito dos conflitos e conquistas atribuídas à seguinte equação construída por alguns: amor ² = felicidade.

E o amor, qual sua definição afinal? Em uma das cenas mais emocionantes do filme “Love story” de 1970 a personagem principal Jennifer Cavalleri, ( interpretada pela atriz Ali MacGraw)diz ao seu amado Oliver Barrett (interpretado pelo ator Ryan O’neal) que “Amar é nunca ter que pedir perdão”, frase essa que se consolidou e rendeu algumas discussões. Confesso que considero tal elucidação muito bela e profunda, porém generalizada e distorcida, tenho a seguinte opinião, “Amar é ter força e sabedoria suficientes pra errar o menos possível, e quando isso acontecer é ter hombridade suficiente para assumir a falta” o perdão já é outra história.

De acordo com a Wikipédia “O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação”. Conceito esse tão genérico quanto o anterior, talvez porque essa definição seja uma encruzilhada gigantesca, com várias ramificações, armadilhas e desilusões. Em minhas aspirações para alcançar com êxito tal resposta me deparei com alguns fantasmas e angústias, o que considero normal, todo ser humano é capaz de amar e portanto está exposto a tais dissabores, a partir daqui me deparo com outro sentimento também inerente ao ser humano, a paixão, esse sim demanda cuidados.

Em minha opinião só se “ama” uma vez na vida, quando esse amor se vai ou se desgasta por algum motivo, não era amor, pois esse deve ter forças suficientes para enfrentar qualquer obstáculo com unhas e dentes em prol de sua satisfação e segurança, esse suposto “amor” que se foi na realidade era paixão. Em uma discrição particular, diria que a paixão é um sentimento estarrecedor, embriagante e perverso, nos coloca em situações extremas, altera toda fisiologia corporal, nos faz perder a razão, a sensibilidade e talvez até o juízo, essa sim pode acontecer várias vezes, eis o perigo, pois geralmente após fazer inúmeros estragos ela se vai com a mesma intensidade que se apresentou inicialmente, e traz um sofrimento inexoravelmente desmedido, em algumas ocasiões se transforma em ódio, mágoa, frustração. Segundo a Wikipédia “o acometido de paixão perde sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele é tipicamente um sentimento doloroso e patológico”. Se perder entre o amor e os devaneios da paixão é estar literalmente entre o céu e o inferno.

O papel do amor é assegurar que esses sentimentos não se acomodem de forma permanente em nosso coração. O amor é benevolente, sincero, acolhedor, é um sentimento extremamente puro e desenganado. E talvez a felicidade esteja mesmo ligada a tal sentimento, para mim não há um estado de felicidade plena, há momentos felizes, quem encontra um amor verdadeiro pode mesmo se considerar um ser humano feliz, pois há luz em seu coração, por pior que a vida se apresente em dados momentos, poderá o amor ser seu refúgio. Há quem lute por seus ideais, por seus amores ou paixões, há quem se intimide com tais aspirações e há quem passe pela vida sem nem mesmo notar esse turbilhão à sua volta. E como já dizia Machado de Assis: “Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar”.